sábado, 2 de abril de 2011

A ORIGEM DA CONTABILIDADE

Não há um conhecimento direito sobre quem inventou a contabilidade, mas sabe-se que é uma ciência nobre e antiga que se confunde com a evolução histórica do homem, onde a própria contabilidade conta essa história, com seus registos contabilísticos valiosíssimos para os historiadores.
Podemos dizer que a contabilidade iniciou-se empiricamente com o homem primitivo. A sua maneira rudimentar de contar já era um modo de inventário, pois tinha como objectivo o controlo do seu património, como rebanhos, fardos de alimentos, instrumentos de caça e pesca e outros bens quantitativos. O que mostra que o homem da antiguidade já tinha a preocupação com a riqueza e a propriedade (como acontece actualmente). Desde os primórdios o homem teve que ir aperfeiçoando a sua maneira de contabilizar, na medida em que as actividades se tornavam mais complexas.
De acordo com a história da contabilidade, inicialmente esse processo de conta era feito na memória dos homens, logo após surgiram as gravuras, no término da Era da Pedra Polida. Nas gravuras continham figuras e numerais.
Registavam-se a cara do animal e o número correspondente à quantidade de cabeças. Os primeiros registos completos de contabilidade surgiram com a civilização Sumério-Babilônica, esses povos faziam os seus registos em peças de argila. Foi com essa civilização que a contabilidade teve o seu verdadeiro nascimento.
A contabilidade tinha como foco principal o controlo, posteriormente com a evolução do homem, tornava-se fundamental para o comércio. Com o comércio de troca de bens, a contabilidade continuou quantitativa, tendo uma evolução lenta até o aparecimento da moeda. Com a criação de sistemas monetários tal ciência evoluiu significativamente.
Os Egípcios representaram um papel de extrema importância para essa primeira evolução da contabilidade, pois, asseguram-se, que foram os primeiros povos a utilizar um valor monetário nos seus registos. As escriturações eram feitas em papiros, e o sistema contabilístico tornava-se dinâmico com registos diários.
Há registos de 6000 anos antes de Cristo onde já havia uma fiscalização, que era realizada pelo Fisco Real. No inventário egípcio, continha bens móveis e imóveis, e já era feito, de modo primitivo, controles financeiros e administrativos.
Os Gregos evoluíram a forma de contabilizar dos Egípcios, em 2000 a.C. já havia apuramento do saldo com a confrontação de contas de Custos e Receitas e estenderam a escrituração contabilística para a administração pública e bancária.
No Período Medieval, denominado “Era Técnica” devido às grandes invenções, houve o aperfeiçoamento e o crescimento da contabilidade, por causa do advento do capitalismo. Nessa época havia de maneira rudimentar o Débito e o Crédito.
Nesse período iniciava-se o trabalho assalariado, tornando a contabilidade mais complexa, onde surge pela primeira vez a conta “Capital”.
O método das Partidas Dobradas teve origem na Itália, surgindo como consequência e necessidade da Contabilidade de Custos. Nessa mesma região surgia uma das principais, talvez a principal, escola de contabilidade.
A história da contabilidade mostra que a nossa cultura deriva quase que inteiramente de outras culturas e que a contabilidade não foi apenas consequência da evolução do homem, e sim, um alicerce para que tal evolução acontecesse, pois a partir do sistema de contas, que o homem se organizou, dando o passo fundamental para uma evolução mais acelerada, deixando de ser primitivo e passando a raciocinar de maneira organizada, consequentemente com a evolução humana, a contabilidade tornou-se o pilar fundamental para um mundo capitalista. Podendo-se afirmar que um sistema de contabilidade não falta nem mesmo na mais rudimentar das organizações.

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